quarta-feira, 3 de julho de 2013

Capítulo 29 – De volta à casa de Vicky – Parte II


- Eu te amo, Christopher e muito. - Suas palavras saíram arrastadas, mas foram sinceras, eu sabia o que ela estava sentindo naquele momento, foi difícil para ela, mas ela apenas fez o que eu havia pedido. Eu a abracei ainda mais forte, ela me amava e eu ao menos saberia se um dia poderia ama-la, aquilo me machucava e eu não fui capaz de falar algo a ela. Após suas palavras o silencio na cozinha era mortal, ficamos bom um bom tempo ali, sentia que lágrimas corriam de seus olhos e ao notar que eu a estava ferindo, lágrimas também corriam de meus olhos, se ela notou, eu não sei, mas não estava escondendo isso dela. Ficamos apenas abraçados ali, o efeito da bebida já havia passado havia um tempo, até que ela se soltou de meus braços.
- Preciso terminar de preparar a comida, a hora do almoço já passou e não te dei nada para comer.
- Não se preocupe comigo Vicky, eu que deveria me preocupar.
- Não Chris, eu não quero ser um peso em sua vida, você apenas pediu que eu fosse sincera.
- Te agradeço por isso Vicky e não quero te desapontar.



Ela apenas afastou o meu corpo do seu, me deu um beijo e se virou para terminar da preparar a comida. Eu sentei em uma das cadeiras e apenas a fiquei observando, admirava muito a sua beleza, Vicky era estonteante, e ver o seu corpo nu por debaixo daquela camiseta me deixava ainda mais fascinado, enquanto que ela preparava o almoço eu apenas a admirava. Eu estava quieto ali, ela de costas para mim, mas assim que ela virou e viu que eu estava na cozinha ela apenas cobriu seu rosto, ela estava chorando, não aquilo não era certo. Levantei da cadeira e a abracei.
- Vicky, por favor não quero que fiquei assim, eu vou estar com você sempre que precisar.
- Mas se você ama outra pessoa como vai estar comigo Chris? Me diga isso.
- Eu apenas vou estar Vicky, por favor apenas deixe que eu esteja.
- E se ela te procurar o que vai fazer Chris?
- Eu não posso estar com ela Vicky, apenas entenda isso.
- Mas você a ama Chris.



- Eu sempre a amei Vicky, mas nem sempre estive com ela, ela deve ficar com Justin e com seus filhos, são crianças maravilhosas, não merecem isso.
- E se ela resolver se separar e vir atrás de você, o que vai fazer Chris?
- Isso não irá acontecer, Justin vai estar sempre com ela. Eu conversei com ele Vicky, pedi que cuidasse dela.
- E se ele resolver se separar dela?
- Ele a ama Vicky, ele já pensou nisso mas eu pedi para que ele ficasse com ela, senão ela ficaria sozinha. Eu não posso estar com ela Vicky, apenas isso.
- Eu não entendo Chris, vocês se amam... Se ele se separar, ela é livre para estar com você.
- Eu não conseguiria estar com ela, apenas isso, quero que Justin esteja com ela, ele é um grande amigo Vicky e não quero me afastar dele.
- Estando com ela não conseguiria ser amigo de Justin é isso?
- Sim Vicky, me sinto mal por toda esta situação.
Uma lágrima rolou de meu rosto, Vicky apenas a limpou e me deu um beijo, eu a abracei e apoiei minha cabeça em seu ombro, aquilo estava sendo difícil, não só para mim como para ela também.
- Vamos comer Chris, eu não quero te ver assim, você estava bem.
- Eu estou bem Vicky, apenas um pouco chateado.



Ela serviu à mesa com dois pratos de esparguete, enquanto comíamos apenas trocávamos olhares, eu não queria feri-la, eu apenas queria cuidar dela assim como ela vinha fazendo comigo. Desde a primeira vez que encontrei com ela no Joy Club senti uma forte conexão com ela, eu não sabia ao certo o que eu sentia, ela poderia ser uma grande amiga ou até mais do que isso, estar com ela me fazia muito bem, a dor que eu sentia praticamente sumia quando estava com ela. Terminamos de comer e Vicky logo levantou, colocou os pratos na pia.
- Vamos dormir um pouco Chris, me sinto exausta.
- Cansada Vicky? – Dei um sorriso a ela.
- Não provoca Christopher.
- Foi você quem começou.
- Se eu te provocar o que vai fazer comigo?
- Te coloco nessa mesa e...
- Já entendi, deixa para depois, vamos dormir um pouco.



Seguimos para o quarto de Vicky e deitamos em sua cama, ela deitou em meu peito e apenas relaxamos, logo estávamos dormindo. Fomos acordados com o toque de seu celular, era Ryan avisando que ficaria uma semana fora de casa. Ainda ficamos um tempo deitados.
- Você não deveria ter bebido daquela forma noite passada, se estiver grávida isso não é nada legal para o bebê.
- Não sei Chris, mas ainda acho que tivemos sorte aquela noite, que nada deu errado.
- Eu espero Vicky, mas teremos que tomar cuidado, aquela noite não pode se repetir.
- Eu que deveria ter tomado cuidado, mas deixei apenas que acontecesse. Você precisava daquilo.
Ela levantou da cama e me pegou pela mão.
- Vem vamos na Jacuzzi, precisamos nos recompor, minhas pernas estão me matando.
- Cansada ainda Vicky?
- Não provoca Chris, pois você também está bem cansado.
- Ok, ok, eu realmente estou bem cansado.



Seguimos para a Jacuzzi e ficamos sentados juntos apenas conversando, sentia que Vicky estava realmente cansada, minhas pernas estavam pesadas e minha cabeça doía um pouco. Vicky mantinha suas mãos o tempo todo junto as minhas, algumas caricias eram inevitáveis, mas eram suaves, ficamos um bom tempo ali, conversamos sobre muitas coisas que eu queria saber sobre Vicky e ela queria saber sobre mim, mas eu sabia que tinha algo que estava incomodando Vicky, então resolvi apenas perguntar.
- Eu sei que está querendo me dizer algo e não está conseguindo, saiba que pode falar o que quiser Vicky, não tenho o que esconder de você.
- Talvez você saiba o que seja, mas não quero estragar "tudo isso".
- Creio que não vá "estragar" nada Vicky. Confesso que fiquei um tanto curioso.



Após minhas palavras Vicky ficou quieta, se ela iria me falar o que queria eu realmente não sabia. Ela estava inquieta, ela não poderia guardar aquilo apenas com ela. Ela se virou de frente para mim e me deu um beijo, eu a beijei, mas logo ela se afastou.
- Ela é a melhor amiga de Sally, provavelmente deve ir a sua casa, não tem como você não encontrar com ela Chris.
- Vicky, Sally sabe tudo sobre nós, ela com certeza não levaria ela até minha casa. Não quero te machucar, mas sei que está sendo difícil para você.
- Sabe, Chris, eu não quero te prender a mim, você deve fazer o que acha que deve ser feito, apenas isso.
- Sinto que devo estar com você Vicky.



Após minhas palavras eu apenas a abracei, eu estava bem com ela, e naquele momento sabia que ela poderia me ajudar a suportar o que estava acontecendo. Foi inevitável uma lágrima correr de meus olhos, mas foi um sentimento estranho, senti uma grande felicidade dentro de mim, talvez por me sentir aliviado por estar me sentindo bem, talvez por saber que Vicky estava ali comigo, mas eu já temia com a hora que eu tivesse que ir embora, a abracei forte.
- Chris...
- Não estou pensando nela Vicky, apenas na gente, eu estou feliz, não me sentia assim já fazia um bom tempo.
- Me sinto bem Chris, basta saber que você está bem que eu também fico, mas é difícil para mim Chris.
- Eu sei Vicky, gostaria que fosse diferente.
- Eu te amo Chris, apenas guarde isso com você, sei o quanto é difícil, mas apenas quero estar com você.



Vicky estava chorando, eu sabia que ela estava insegura. Dava toda razão a ela, se eu estivesse no lugar dela eu apenas me sentiria da mesma forma, eu nunca tive medo de perder alguém, a minha vida poderia ter sido diferente, mas eu apenas me fechei e não permiti que outra pessoa entrasse em meu coração, em minha vida. Mas depois que conheci Vicky eu estava disposto a ao menos tentar mudar o que eu sentia, se aquilo seria possível, só o tempo poderia me dizer, mas dizem que, um verdadeiro amor nunca morre dentro da gente, nós apenas aprendemos a viver ser ele.
- Vicky, não quero te ver assim, apenas me diga o que eu posso estar fazendo para que se sinta melhor.
- Eu me sinto bem Chris, apenas tenho medo.
- Eu sei disso, mas vou estar com você, não quero te ver chorando, isso me machuca Vicky.
- Desculpe Chris, mas acho que não vou conseguir.
As palavras de Vicky me feriram profundamente, não aquilo não poderia acontecer, uma lágrima correu de meus olhos.
- Não Vicky, por favor.
- O que você quer Christopher?
- Aprender a te amar.



Vicky apenas ficou olhando para mim, uma lágrima correu de seus olhos, ela apenas me abraçou apoiando a sua cabeça em meu ombro. Eu senti um imenso vazio dentro de mim. Eu fiquei confuso, nunca tinha sentido aquilo por outra pessoa que não fosse Analiy, foi ai que eu senti que Vicky poderia ser a pessoa que conseguisse entrar em meu coração, talvez por eu permitir ou talvez por apenas saber que ela me amava. Comecei a pensar em todos os momentos que passamos juntos, o nosso passeio até Riverview, tudo era perfeito ao seu lado e sempre estava feliz quando estava com ela, por um instante achei que seria egoísmo de minha parte estar com ela sabendo que ela me amava, mas eu precisava dela, eu apenas queria estar com ela. Lembrei de nossa primeira noite juntos no Joy Club, suas provocações noite passada no Moedor, lembrei do toque de sua mão e estava tão concentrado em meus pensamentos que meu corpo apenas reagiu, aquilo não era certo, mas era assim que eu me sentia quando estava com ela. Ela percebeu e apenas se ajeitou em meu colo de uma forma provocante, eu não sabia se era isso que ela realmente queria, eu precisava dela, precisava sentir o amor que ela sentia por mim, ela poderia negar, mas eu apenas pedi.
- Faça amor comigo Vicky, sem jogos dessa vez, apenas me ame e me ensine a te amar também. – Meu coração batia forte.
- Você tem certeza disso Chris?
- Sim, eu tenho, apenas me ame.
- Achei que você só queria se divertir.
- Jamais Vicky, não pense isso.



Tirei sua cabeça de meu ombro e segurei seu rosto com as duas mãos, lentamente aproximei meus lábios dos seus, eu a beijei com vontade, eu sabia o que eu queria, eu apenas teria que mostrar a ela que ela seria capaz de me ensinar a amá-la, eu queria aquilo. Ela desceu suas mãos até o meio de minhas costas e as apertou em minha cintura, eu sabia que ela estava pronta, eu apenas a levantei e estava dentro dela, seu gemido foi suave, nossos movimentos eram lentos, mas constantes, olhávamos um para o outro e em seus olhos pude notar que todas as vezes que fazíamos sexo não era apenas sexo que existia ali, ela fazia por amor, por precisar me amar, foi ai que o amor que ela sentia por mim ficou nítido e eu jamais poderia me permitir feri-la, eu apenas queria ama-la assim como ela me amava.

2 comentários:

  1. Amigo, acho que você e a Vicky têm uma química tão forte juntos! Só que, ainda assim eu te enxergo triste... Sei lá!
    Estou torcendo para que você volte a ser mais feliz! ;B

    Abração!

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    Respostas
    1. Eu sou feliz Andrew.
      Olha, eu e a Vicky temos uma química, mas creio que não seja o tipo de "fomos feitos um para o outro" sabe ela é uma boa pessoa, mas algo tem me perturbado... ok, ok parei por aqui...rs

      Abraçossssssss.

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